segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Vida passageira


É. Dias longos, anos curtos. Aos 7 e poucos anos de idade sempre imaginava como seria quando tivesse 15, 16 e hoje, tento imaginar como estarei aos 30 anos de idade. Projetamos, temos preguiça e a vida vai passando. Você escolhe, ou é protagonista da sua própria vida ou é telespectador.
Fazemos mil planos, nos empenhamos para realizar uns e outros acabamos que por considerar desimportantes. Alguns acabam frustrados. Planejar é lindo, mas viver é mais ainda. E aos poucos, nos esquecemos das promessas e vontades de começo de ano. Aos poucos, voltamos ao que éramos, mudando de certa forma, tendo saudades de diversas coisas.
É, e então o ano voa. O tempo é cruel. Ou você fez muito ou não fez nada. Ou você teve muitos ganhos ou muitas perdas. Ou você foi feliz ou foi triste. Ou você viveu ou viu o ano passar.
Muito gênio quem inventou essa de "Ano Novo". Renovar é lindo. Esperançoso. Fonte de revitalização de energias. É fé. Renascer.
Projetem MUITO para 2010, e o mais importante: que não falte energia para que vocês realizem todos seus planos ou que pelo menos tentem. Porque SER FELIZ não é necessariamente conseguir tudo. Ser feliz é entusiasmo. Mais do que qualquer coisa, feliz é quem vive.

Desejo paz, amor, saúde e tudo de bom pra vocês em 2010. É mais um ano que começa. É mais um capítulo de vida na história de cada um. Que não tenhamos preguiça de vida, que não nos deixemos abalar por pequenas chateações, que não permitemos que nenhuma desgraça nos desanime. Que vivemos, gente. Isso já é muito.

Feliz ano novo! Feliz VIDA NOVA. Um ótimo ano pra vocês.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Dezesseis.

Nascemos e crescemos cercados da proteção familiar. Aos poucos, e quando menos esperamos, estamos deselvolvendo nossas asas para voar por conta própria. Os tombos doem, e não são poucos. Nossos pais nos ajudam a levantar, mas já não nos carregam no colo.
Os dias que parecem longos, descobrem-se curtos. Os anos voam. Não percebemos mas ou estamos vivendo, ou assistindo nossa vida passar. Atribuímos pouco valor ao que e quem realmente importa, e perdemos tempo atrás de coisas menores.
Caprichos que eram como o fim do mundo quando não realizados, tornam-se bobeiras de época, de fase, de idade. Tristezas pequenas tornam-se risos diante de tanta besteira infantil. Feridas fecham resultando-se em cicatrizes, agora em lições.
Aos poucos, vamos ganhando mais e mais autoridade em nossas próprias vidas. Vamos adquirindo equilíbrio, paciência, aprendizado. Valores mudando sobretudo.
Hoje que me encontro nostálgica. Tudo que vivi faz tempo, tudo que vivi recentemente, tudo que estou vivendo e já me faz falta. É como se não voltasse mais.
Meus mil e um amigos, minhas mil e uma madrugadas, risadas, loucuras... serão minhas mil e uma lembranças.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

To my little decoy.

Depois de chorar, te xingar, sorrir, reclamar incontáveis vezes, começo a deduzir que você não era o que eu queria. O que eu queria, era sentir aquela famosa coisa de borboletas no estômago, sentir meu coração bater mais depressa, sentir minhas mãos tremendo quando entrassem em contato com as suas. Ah, eu senti. Mas o que eu realmente queria era sentir tudo isso naturalmente, sem a minha necessidade besta de criar fantasias num lugar de pura realidade, onde você se encontra mórbido. Então todas essas sensações bobas (não me atrevo a chamá-las de sentimentos) foram só criações minhas. Todas essas expectativas ridículas construídas em cima do nada foram arquitetadas por mim mesma.
Que injusto eu te xingar diversas vezes e te culpar pelo vazio da minha vida. Pelo tédio dela. Então agi como qualquer garota típica adolescente imatura: fantasiei um amor. Idealizei você. Criei um você só para mim, num mundo tão somente meu. Encontrei frases, textos, músicas, poemas que, ah! Descreviam tão bem nosso amor. No papel, nossa história era linda.
Aí, o vento frio bate no meu rosto para me acordar. Só eu e você. Mas não como imaginava. As sensações são lindas, mas só quando penso que é do jeito que criei. Quando não, você é desinteressante e todos os textos românticos não tem nada a ver. Acho até ridículo eu tentar relacioná-los com o que podemos chamar de... nós?
É, você não tem culpa da minha imaginação prolixa, da minha maneira melancólica de esconder o que estou sentindo. Mas aqui dentro vive um mundo só meu, onde as pessoas são e agem da maneira que eu quero. Mimada? Talvez. Mas só vou sair do meu mundo quando estiver preparada o bastante para entender que na maioria das vezes, as pessoas são mais frustrantes do que aparentam.

domingo, 1 de novembro de 2009

Sozinha (mas não necessariamente solidão)


Não acredito que solidão seja um estado físico.

Ser só não é ruim, e é realmente estranho alguém que não precise de nenhum tempo com si mesmo. Acredito que quem não se encontra nem ao menos se conhece. Estar sozinho não significa necessariamente solidão. Essa coisa de solidão tem mais a ver com melancolia. É tipo você estar entre mil pessoas e seus pensamentos te isolarem dessas mil pessoas. É nada parecer bom o suficiente para você. É vazio. É nada. É só.
A necessidade egoísta de colecionar corações alheios é tremendamente ridícula. E a cada dia que passa, as pessoas me assustam mais e mais. E aí minha necessidade de estar sozinha vem. Quando estou comigo, estou mais forte, não me machuco, estou segura. O mundo é frio lá fora. Até eu já percebi isso. E a maioria das pessoas sente a necessidade de machucar os outros onde suas feridas ainda latejam. Quanto egoísmo.
E às vezes dá saudade... mas na maioria delas, graças a Deus que passou. Está passando. Só.

Céu estrelado. Silêncio matinal. Eu e eu. Minha companhia é perfeita.

sábado, 24 de outubro de 2009

Solos de guitarra não vão me conquistar.

Ah, então primeiramente ele jurou que haveria troco. Ficou (dizem as más línguas) com quem ela mais detesta, começou a dar em cima de várias e a dizer para as amigas dela que 'A maré está ótima. Esteve ruim, mas agora está ótima.' Com essas palavras mesmo. E aí ontem a noite, disse para a amiga que queria ficar com alguém, menos com ela. Convencido. Como se ela te quisesse.
Acho que ele queria um pouco de atenção, só isso, garota. Porque você andou surpreendendo. E agora ele só está começando a realizar que isso não é quando ele quer. Que você merece muito mais que isso. Será? De toda maneira, tarde demais.
Olha, chega até ser bonitinho, engraçadinho e fofo querer me afetar. Chamar minha atenção de qualquer maneira. É lindo. Mas não, não funciona mais se é isso que te interessa saber. É uma droga, mas não funciona, lamento. A propósito, eu não sou ciumenta e você não está fazendo nada de novo, não me surpreendo com você dando em cima das suas biscates (com todo perdão pela palavra). Você sempre fez isso, amor. Fez tanto que costumava doer e aquela ferida que doeu tanto hoje está dormente.
Então ele queria que ela sofresse, chorasse, e estivesse com um sorriso radiante e braços abertos quando ele quisesse curar seu próprio tédio. Ele notou que não é mais assim, e se irritou. Ah, ah, ah. Inovar não é ótimo? Também cura o tédio e a auto-estima que ele costumava deixar lá em baixo.
Lindo, antes você puto da vida porque não te quero como antes, do que eu puta da vida porque você está curtindo sua noite com várias depois de ficar comigo. Vai por mim. Eu não tenho mais idade nem paciência para brincar do que você gosta.
ps. e se isso foi o troco, desculpa, mas não me comove. Para me tirar do sério, você vai ter que rebolar mais.

"E se hoje te trato assim, a culpa é toda sua."

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Se Maomé não vem até a montanha... então Maomé que se dane

É engraçado como às vezes preferimos nos sufocar com tal sentimento ao invés de nos livrarmos dele de uma vez por todas. A teimosia ou a esperança de que tais pessoas mudarão é gigantesca. E acabamos em expectativas inúteis que criamos mesmo sem querer.
Claro, é muito mais prático continuar nessa: "Ah, mas eu vou fazer ele mudar." - Isso na verdade não existe. Ninguém muda ninguém. O que existe é pessoas mudarem por outras pessoas, o que não acontece sem vontade, ou com vontade de um só lado. Essa coisa de que da próxima vez vou dar tudo de mim, ele vai se apaixonar, me pedir em namoro e aí nunca mais vai ser galinha é total furada. Com todo perdão da minha sinceridade, se ele realmente quisesse fazer isso funcionar, queridinha, ele morreria de medo de te perder e já teria dado seus pulos há muito tempo.
Lembra do que Shakespeare já dizia? "Não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam." - É uma merda, mas é a verdade. E tá, às vezes aceitar a verdade é muito mais trabalhoso do que nos manter na ilusão (aparentemente). E aí continuaremos na mesma por um tempão.
Mas vem cá, se ele não quer mudar, por que não muda você? Desiste. Vai pra outra. Ele nem é tão bonito assim, não estou certa? Quem sabe qualquer dia desses pinta um reencontro e dá tudo certo. Entretanto, enquanto você não se abre pro lado inesperado da vida isso não vai rolar.
Não é possível mudar o mundo sem primeiro mudar você. E boa sorte!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

About a girl

Então ela voltou achar aquela coisa de amor ridícula. Qual era o problema de Shakespeare e todos aqueles filmes bobinhos da Disney? Todo mundo sabe que Romeu e Julieta só é mais uma histórinha bonitinha porque nem deu tempo deles se conhecerem e se desgastarem. E aqueles filmes, bom, são só filmes querendo alguma droga de bilheteria. Claro, vendendo sonhos, faz tanto sentido, e ela só não suportava como tinha se iludido esse tempo todo. Talvez por isso ela preferisse Machado de Assis, ele sempre foi mais realista nesse aspecto.
E por vários dias ela perdeu a vontade de viver, sair com amigas, conhecer gente nova... caramba, ela só tinha quinze anos. Como foi que isso aconteceu? Era uma maldade. No auge da juventude sofrer por uma desilusão amorosa, ah, tragédia. Talvez não fosse o pior problema do mundo, bom, é claro que não era, mas incomodava demais. Ele não merecia todo aquele sofrimento. Ninguém merecia tudo aquilo. Não é certo desejar que o tempo passe mais depressa. E ele nem ao menos bonito tampouco interessante era.
Aos poucos, os corações do caderno sumiram, os horários iguais tipo 20:20 eram mera coincidência bobinha para encher de esperança meninas de sétima série, músicas perderam o sentido e olhares se esvaziaram.
Essa história idiota já tinha ido longe demais. E não somente a história, ela também já estava desgastada. Pretendia largar de mão, o que devia ter feito há muito tempo. Agora era só um coração vazio, pulsando mas oco, um olhar morto, uma lista de músicas sem sentido e um bando de memórias, tão somente memórias...